Usei papelão, tecido e palito de picolé
sexta-feira, 25 de outubro de 2013
quinta-feira, 24 de outubro de 2013
quinta-feira, 17 de outubro de 2013
Letras de Cânticos
Leia a Bíblia e faça oração
Leia a Bíblia e faça oração, faça oração, faça oração
Leia a Bíblia e faça oração
Se quiser crescer
Se quiser crescer
Se quiser crescer
Leia a Bíblia e faça oração
Se quiser crescer
Se não ler a Bíblia nem fazer oração, nem fazer oração, nem fazer oração
Se não ler a Bíblia nem fazer oração, diminuirá
Diminuirá, diminuirá
Se não ler a Bíblia nem fazer oração, diminuirá
Cristo ama as criançinhas
Cristo ama as criançinhas do Brasil e do Japão, quer chinesa quer índios, esquimós ou índios nus
Cristo ama as criançinhas com dulçor
Cristo ama as criançinhas desde mundo ao derredor
Não importa a sua cor
Ele as ama com amor
Cristo ama as criançinhas como são
A Boneca que Cresceu
HISTÓRIA MORAL - A BONECA QUE
CRESCEU
FIGURA 1: Faltava apenas uma
semana para o aniversário dos gêmeos, Paulo e Paula. Os dois esperavam ansiosos
para que tal dia chegasse. Enquanto os pequenos se alegravam com a aproximação
do grande dia, a mamãe deles se preocupava com os presentes que lhes havia de
dar. Tudo parecia difícil, pois o casal era pobre e morava numa pequena
fazenda. Dona Ana, no entanto sabia que para as crianças um aniversário sem presentes
não seria bom FIGURA 2: Uma noite, após terem os gêmeos se recolhido para
dormir, o casal conversou sobre o assunto, ficando resolvido que cada um se
responsabilizaria por um presente. O pai faria o de Paulo, e a mãe o de Paula.
CONTINUAÇÃO DA FIGURA 2: No dia
seguinte, Dona Ana deu os primeiros passos para a confecção de seu presente.
Tomou um saco de farinha de trigo bem branquinho, e com uma tesoura foi
recortando o pano, até que apareceram os braços as pernas, a cabeça e o tronco.
Deu um suspiro de alívio, quando viu que ali estava alguma coisa muito parecida
com uma boneca. Tomou uma agulha e começou o trabalho de unir a frente ás
costas. Logo que terminou, verificou que aquilo, para ser uma boneca de
verdade, precisava ser cheio de alguma coisa. Nada havia na casa para isto e,
por mais que procurasse, não conseguiu achar nada que servisse. Finalmente,
teve uma idéia. Tomando nas mãos a casca da boneca, dirigiu-se para o celeiro,
onde havia sacas de arroz ainda em casca. E começou a enchê-la, e logo a boneca
foi tomando sua verdadeira forma. CONTINUAÇÃO DA FIGURA 2: Voltando para casa,
aproveitou retalhos do vestido de Paula, e em pouco tempo a boneca estava com
um maravilhoso vestido, combinando, também, com seu chapeuzinho. Fez os olhos,
o nariz, a boca e, para o cabelo usou os fios de cabelo da cauda do cavalo. Os
sapatos foram feitos de um pedaço de couro tirado de uma carteira velha.
FIGURA 3: O sr. José também se
apressou na confecção do presente de Paulo. Ele tirou cipós duma árvore, e fez
arco e flecha para o tiro ao alvo. Quantos gritos de alegria se ouviu na manhã
seguinte, quando as crianças receberam os presentes; Paulo correu para fora e
lá começou a brincar.
FIGURA 4: Paula, por sua vez,
achava que não tinha outra boneca mais bonita do que a sua. Pensou
imediatamente em lhe dar o nome de Rosaly. Na hora das refeições Rosaly
sentava-se á mesa com Paula e tinha que provar de todos os pratos. Após a
refeição iam deitar-se juntinhas. Paula queria levá-la, também para a escola,
porém sua mãe não consentia. Paula tinha que se separar de Rosaly, deixando-a
sentada na melhor cadeira até que voltasse da escola. Algumas semanas depois do
aniversário, Paulo e Paula estavam ajudando os pais no plantio de feijão,
quando começaram a brincar de correr um atrás do outro. Paulo sem querer,
derrubou a lata de feijão, e quando o pai voltou para tirar mais feijão da
lata, achou-a virada no chão e o feijão todo espalhado.
FIGURA 5: -Foi você quem espalhou
o feijão, Paulo? Perguntou o pai.- Oh, não papai. Acho que foi o Rex respondeu
Paulo, culpando seu cachorro. - Paulo, você sabe muito bem quem derrubou a lata
de feijão quando corria atrás de mim Paula logo falou.
CONTINUAÇÃO DA FIGURA 5: - Sendo
assim, filho, disse o pai com severidade, você deve voltar para casa e ficar lá
até depois da ceia. Não está envergonhado, Paulo, de mentir assim? Em lugar de
sentir vergonha pelo seu pecado, Paulo se zangou com Paula e resolveu vingar-se
dela. - Ela vai se arrepender _ disse o baixinho. Logo que chegou em casa a
procurar um meio de praticar sua vingança. Não foi preciso procurar muito,
pois, imediatamente encontrou a oportunidade desejada. Ali sobre a cadeira
estava Rosaly, a queridinha de Paula. - Ah! Não poderia encontrar coisa melhor
para me vingar. Paula vai aprender a não falar mal de mim.
FIGURA 6: Apanhou a boneca pelos
cabelos e correu para trás do celeiro. Pensou: Agora aqui ninguém poderá me
ver! Mas, Paulo se esqueceu de Alguém que sempre nos vê, não é crianças? Com
muita pressa fez um buraco e, enterrando a boneca, pisou com força sobre a
terra fofa. Podemos imaginar como Paula sentia falta da querida boneca.
Procurou o dia todo e perguntou muitas vezes a Paulo se ele não sabia onde ela
estava. Finalmente papai falou severamente ao seu filho: - Paulinho, você deve
ter escondido a boneca. Dê-lhe imediatamente. Paulo fingia inocência. - Papai,
não tenho a menor idéia do que aconteceu com ela. E fez de conta que ajudava a
pobre Paula a procurar a boneca. Assim os dias iam se passando. Paulo se sentia
bem satisfeito até um domingo na igreja quando parecia que o pastor pregava só
para ele. O texto era Números 32:33 _ " sabei que o vosso pecado vos há de
achar." Paulo não se sentiu bem, mas procurava acalmar a sua consciência.
- Ninguém há de descobrir Rosaly, disse consigo mesmo. Enganei a todos, saindo
com eles para procurar a boneca. Além disso, já se passaram duas semanas e
todos se esqueceram do fato. Mas naquele mesmo dia, logo depois do almoço, um
vizinho veio passar umas horas em casa do casal, e perguntou ao Sr. José: - O
que o senhor plantou atrás celeiro? - Não plantei nada atrás do celeiro,
respondeu o Sr. José. Só há mato ali.- Não?! Insistiu o amigo. - Mas há ali
alguma coisa nascendo, e o formato dela é interessante. - Vamos ver o que é -
disseram todos. A família saiu com o visitante para ver a novidade. Paulo
seguiu também. - Oh! o que pode ser isto? Disse alguém, com admiração.- Paulo
não podendo conter-se na sua grande admiração, gritou: - A boneca cresceu! A
boneca cresceu! E continuou:- O pastor tinha razão: SABEI QUE O VOSSO PECADO
VOS HÁ DE ACHAR. Na verdade Rosaly cresceu.
FIGURA 7: Lá estavam os braços e
pernas, todo o corpo em broto verde. Paulo não podia pensar que o enchimento da
boneca era de arroz com casca. A chuva e o sol fizeram com que o arroz
germinasse, crescesse e descobrisse o pecado de Paulo. Meninos e meninas, vocês
acham que é só o pecado de Paulo que Deus vai descobrir?
FIGURA 8: Não, de fato Ele
conhece os pecados de todos. Um dia, mais cedo ou mais tarde, todo pecado que
você faz, tem de ser castigado por Deus, porque Ele odeia o pecado. Será que
Ele ouviu as mentiras que você falou? Viu quando você brigou e falou nomes
feios? Notou quando desobedeceu a mamãe ou ao papai? Deus sabe tudo crianças! E
Ele diz que todos são pecadores. Por sermos pecadores, não podemos entrar no
céu quando morrermos. Mas Deus nos ama tanto que mandou Seu Filho a este mundo
para nos salvar do pecado. Cristo, que nunca pecou, tomou o castigo de nossos
pecados. Ele sofreu em nosso lugar quando morreu na cruz.
CONVITE PARA A CRIANÇA NÃO SALVA:
Crianças, vocês não se sentem tristes por causa de seus pecados? Jesus quer
perdoar o seu pecado e limpar o seu coração. Diz em 1 João 1:7 – “O sangue de
Jesus Cristo nos purifica de todo o pecado." e em 1 João 1: 9 " Se
confessarmos os nossos pecados, Ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados
e nos purificar de toda injustiça." Quem quer agora confessar a Deus que é
pecador e aceitar a salvação que Jesus oferece em Cristo? Assim fazendo, você
se torna filho de Deus. Vamos pedir também que Deus nos ajude, como filhos
dEle, a vivermos vidas agradáveis a Ele.
DESAFIO PARA A CRIANÇA SALVA: E
você criança que já é uma criança salva em Cristo Jesus, não esqueça de sempre
orar por você para que não caia na tentação de mentir ou fazer qualquer coisa
que desagrada a Deus. Fonte: Edla Bispo – há 46 anos. – Visuais da Tia Elenita
Borges - MG Adaptada para o Curso de Contação de Histórias do NOBEC-Recife
O Sorvete Missionário
História da APEC o sorvete missionário
HISTÓRIA MISSIONÁRIA - O SORVETE MISSIONÁRIO
Tudo aconteceu de um momento para outro.
Áurea, uma menina de cabelos ruivos e nariz cheio de sardas, assistia em companhia de seus coleguinhas, a projeção de slides coloridas na casa de Dona Helena.
A Sala estava meio escura, e os slides eram projetados numa tela grande, enquanto a missionária ia explicando o que significa de cada um deles.
As crianças viram os africanos, bem como, os macacos, elefantes, uma aldeia de casas feitas de palha.
Um dos slides mostrava cena onde se podiam ver os africanos adorando demônios. Viram também crianças correndo com medo dos estrangeiros, escondendo-se dos missionários que queriam falar-lhes do Senhor Jesus.
Á medida que os slides iam passando, Aurinha ia se sentindo que algo nela também ia se transformando. Não era a sua aparência, disso ela tinha certeza, a transformação era bem dentro, no seu coração.
Áurea inquietou-se. Alguém teria chamado o seu nome? Olhou em volta, mas todos continuavam com os rostos voltados para a tela. A voz vinha de dentro do seu coração! Mas mesmo assim, era real.
- Áurea, você me pertence! Eu te escolhi para ser minha mensageira, para contar aos outros como poderão ir para o Céu.
Áurea sentiu seu coração batendo apressado. Daí em diante, ela quase não ouviu mais a mensagem missionária.
Após ter cantado o corinho de despedida, saiu correndo em companhia das outras crianças.
De volta para a casa, Áurea percebeu que alguém caminhava a sua frente. Podia notar muito bem as sandálias arrebentadas que faziam "pift, poft, pift, poft" na calçada.
Via também grandes buracos nas meias. A saia era roxa e estava suja a blusa vermelha desbotada.
Áurea sabia que a menina que seguia á sua frente era Lídia; mas nem ligou para o fato. Ela se sentia emocionada, feliz demais.
- Alô Aurinha!
O coração de Áurea pulou de alegria. Ela conheceu a voz de Jaime.
- Sabe, Jaime! - Exclamou Áurea - Vou ser missionária.
- É? - Jaime continuou andando, com as mãos no bolso.
- Você não acha isso uma coisa maravilhosa? - Perguntou Áurea, desapontada.
- É... Está bom!
Áurea parou, olhando o amiguinho.
- Você não parece muito entusiasmado.
- Bem - Ele resmungou.
- Quando você vai começar?
Por acaso, ou não, Jaime virou na direção à Avenida Boa Vista, onde Lídia caminhava agora, sozinha, como sempre. Áurea ergueu a cabeça de maneira altiva. Ela não gostava de Lídia, que geralmente trajava-se de roupas velhas e quase sempre estava com o pescoço sujo. Seu cabelo era mal cortado e parecia pegajoso, melado. Ninguém em toda a escola queria fazer amizade com ela.
- Jesus deve amar Lídia também, você não acha? - Observou Jaime.
Depois do jantar, naquela mesma noite, Aurinha não conseguia fazer seus deveres escolares. Ficou pensando nos últimos acontecimentos. Era verdade que Deus a havia chamado para ser sua mensageira, e esta lhe fora bem clara.
- SERÁ QUE DEUS ESTA QUERENDO QUE EU COMECE COM LÍDIA?
Áurea jogou seus livros para o lado.
Puxou da gaveta um cofre onde guardava o seu dinheirinho e começou a tirar algumas moedas.
- Para doces? - Mamãe perguntou.
- Sorvete Missionário!
Levando o dinheirinho, Áurea se dirigiu à casa de lídia, que ficava, em uma rua pobre, a casa estava quase desmontando.
Lídia mesma quem atendeu a porta.
- O que você quer? - Áurea ficou meio sem jeito.
- Vim... Isto é... Você quer passear comigo? - Gaguejou ela, querendo ser sua amiga.
- Tenho dinheiro para comprar sorvetes.
As palavras saiam com dificuldades. Estendeu a mão, úmida pelo nervosismo, mostrando o dinheiro.
Lídia fez um ar de indiferença, mas acompanhou Áurea até a sorveteria.
O vendedor era um Italiano sorridente que, ao servi-las, enfiou a concha no fundo da lata de sorvete de morango.
Lídia, ao receber seu sorvete agarrou com força.
- Vamos sentar Lídia! - Sugeriu Áurea, e ambas sentaram á beira da calçada em frente a casa de Lídia.
Havia crianças brincando e gritando no meio da rua, Lídia não lhes prestava a mínima atenção.
Chupou o sorvete, mastigou toda a casquinha, lambeu os dedos e olhando para o sorvete de Áurea.
Áurea logo percebeu que Lídia desejava seu sorvete, então ela estendeu a mão oferecendo-o a Lídia. - Aceita Lídia? Eu estou satisfeita! Disse Áurea.Lídia aceitou de imediato o sorvete e num instante acabou com ele.
- Este deve ser o momento para eu começar a falar de Jesus. - Pensou Áurea.
E foi com o coração aos pulos que ela começou a contar que Deus amava a todos.
- Mentira! - Gritou Lídia.
Áurea a olhou de boca aberta.
- Pode ser que Deus ame os outros! - Disse Lídia aborrecida.
- Mas não a mim! Já sei que ninguém me ama! Disse Lídia.
- Você esta querendo me salvar, como se eu fosse uma pessoa que acredita em deuses como os africanos! Foi por isso que pagou um sorvete pra mim! Mas fique sabendo que eu não sou como os africanos!
Ainda mais furiosa, acrescentou:
- E você não precisa mais enfiar a sua cara sardenta nesta vizinhança, viu?!
- Sua cara Sardenta! Disse Lídia toda nervosa.
Áurea ficou brava ao ouvir as palavras de Lídia! Olhou bem para o rosto sujo de Lídia, sacudiu as tranças para trás, levantou e foi-se embora.
Talvez houvesse lágrimas em seus olhos, pois não podia enxergar bem o caminho e, por isso mesmo, acabou chocando-se com alguém na esquina.
Era dona Helena, a missionária.
Áurea precisava contar a alguém o que aconteceu. Seus lábios tremiam, sua voz estava meio roca. Mesmo assim, contou a Dª Helena como Deus falara ao seu coração.
Disse-lhe ainda sobre o sorvete missionário e sobre Lídia.
Dª Helena apertou a mão de Áurea enquanto caminhavam juntas pela rua.
- Certa vez, na África, disse Dª Helena, alguém pôs uma pedra suja em minha mão. Eu nunca poderia imaginar que aquilo fosse um diamante, que valia muito dinheiro. Só precisava ser limpo e polido.
- Você já imaginou que a Lídia poderia ser um diamante de Deus?
- Lídia um diamante? Áurea riu um pouco, sentiu um pouco mais consolada.
Áurea amava realmente a Jesus e ficou imaginando como seria se pudesse ganhar um "diamante" para Ele!
No dia seguinte, Áurea encontrou Lídia na escola, tão mal vestida e como sempre sozinha. Áurea sorriu ao cumprimentá-la, mas Lídia nem sequer olhou para ela. Foi nesse dia que as crianças da escola começaram a ensaiar o desfile.
Quando o sino tocou, todos saíram das suas salas de aula.
Enquanto a banda se preparava, as crianças começaram a formar fila para marchar, de duas em duas.
- O dia está ótimo para marchar! Cochichou Sarinha, que fazia par com Áurea. Inspecionando a fila, o diretor parou de repente, em frente de Lídia perguntando:
- Quem vai marchar com você Lídia?
Lídia, que estava sozinha, olhando para o chão. Suas mãos estavam tremulas e em uma rápida olhada, Áurea notou que Aninha ainda estava sem par. Era a única, além de Lídia, que ainda estava sem companhia, mas estava ali de cabeça erguida e dirigiu a Lídia, olhares de pouco caso.
- Aninha - Áurea sussurrou, fazendo também um sinal para que ela tomasse seu lugar.
Então Áurea passou adiante e pôs ao lado de Lídia. O sangue subiu ao rosto sujo de Lídia.
Áurea sorriu para ela, pegando-lhe a mão e apertando-a bem.
Já estando em casa, Áurea estava em seu quarto preparando-se para dormir. Então seu tio Eduardo a chamou e disse:
- Alguém está aí fora querendo falar com você!
Áurea desceu correndo a escada aos pulos, correu pela sala e olhou pelo vidro da janela. Não conseguia ver ninguém. Então, uma cabecinha apontou por cima do outro portão, mas logo sumiu.
Áurea saiu correndo, mas quando chegou ao portão, Lídia também já ia correndo rua acima.
- Lídia espere! - Gritou Aurinha.
Lídia parou.
Voltou devagarzinho.
Grossas lágrimas caiam pela face de Lídia.
- O que há? - Perguntou Áurea.
- Não vá embora! Disse Áurea.
Lídia agitava seus pés toda indecisa. Seus dedos retorciam-se na sua saia roxa.
- Por quê você fez aquilo? - Gaguejou Lídia.
Áurea não perguntou o que a menina queria dizer; tinha entendido muito bem e disse:
- Porque gosto de você Lídia! Lídia chutou uma pedrinha e disse:
- Você acha... Acha... Acha... Que Deus me ama de verdade?
Ali mesmo, Áurea contou o quanto DEUS a amava, como Ele deu seu Filho Jesus, para salvá-la.
Explicou como Jesus morreu na cruz do calvário em seu lugar, para tomar castigo que ela merecia, como pecadora.
Depois de explicar tudo isso, Áurea perguntou:
- Você quer abrir seu coração e convidar Jesus para entrar e ser seu Salvador?
- Sim... Foi a resposta de Lídia.
E, foi desta maneira que Áurea, com um sorvete missionário, ganhou um "diamante" para Jesus e tornou-se uma verdadeira missionária.
O que é que Deus esta desejando de você hoje?
Deus quer que você ame aos outras crianças, ricas e pobres, limpas e sujinhas. Talvez você possa oferecer um doce, um sorvete, ou mesmo aqueles sapatinhos que não lhe servem mais em seus pés. Porém, se não puder dar alguma coisa que custe dinheiro, mesmo bem pouquinho, ofereça um sorriso, dê a sua amizade.
Há muitas crianças tristes, sozinhas e necessitadas.
Tente ainda falar de Cristo para elas, pois elas também são "diamantes", jóias preciosas, por quem o Senhor Jesus morreu.
E você será, como Aurinha, um missionário (a) de verdade!
HISTÓRIA MISSIONÁRIA - O SORVETE MISSIONÁRIO
Tudo aconteceu de um momento para outro.
Áurea, uma menina de cabelos ruivos e nariz cheio de sardas, assistia em companhia de seus coleguinhas, a projeção de slides coloridas na casa de Dona Helena.
A Sala estava meio escura, e os slides eram projetados numa tela grande, enquanto a missionária ia explicando o que significa de cada um deles.
As crianças viram os africanos, bem como, os macacos, elefantes, uma aldeia de casas feitas de palha.
Um dos slides mostrava cena onde se podiam ver os africanos adorando demônios. Viram também crianças correndo com medo dos estrangeiros, escondendo-se dos missionários que queriam falar-lhes do Senhor Jesus.
Á medida que os slides iam passando, Aurinha ia se sentindo que algo nela também ia se transformando. Não era a sua aparência, disso ela tinha certeza, a transformação era bem dentro, no seu coração.
Áurea inquietou-se. Alguém teria chamado o seu nome? Olhou em volta, mas todos continuavam com os rostos voltados para a tela. A voz vinha de dentro do seu coração! Mas mesmo assim, era real.
- Áurea, você me pertence! Eu te escolhi para ser minha mensageira, para contar aos outros como poderão ir para o Céu.
Áurea sentiu seu coração batendo apressado. Daí em diante, ela quase não ouviu mais a mensagem missionária.
Após ter cantado o corinho de despedida, saiu correndo em companhia das outras crianças.
De volta para a casa, Áurea percebeu que alguém caminhava a sua frente. Podia notar muito bem as sandálias arrebentadas que faziam "pift, poft, pift, poft" na calçada.
Via também grandes buracos nas meias. A saia era roxa e estava suja a blusa vermelha desbotada.
Áurea sabia que a menina que seguia á sua frente era Lídia; mas nem ligou para o fato. Ela se sentia emocionada, feliz demais.
- Alô Aurinha!
O coração de Áurea pulou de alegria. Ela conheceu a voz de Jaime.
- Sabe, Jaime! - Exclamou Áurea - Vou ser missionária.
- É? - Jaime continuou andando, com as mãos no bolso.
- Você não acha isso uma coisa maravilhosa? - Perguntou Áurea, desapontada.
- É... Está bom!
Áurea parou, olhando o amiguinho.
- Você não parece muito entusiasmado.
- Bem - Ele resmungou.
- Quando você vai começar?
Por acaso, ou não, Jaime virou na direção à Avenida Boa Vista, onde Lídia caminhava agora, sozinha, como sempre. Áurea ergueu a cabeça de maneira altiva. Ela não gostava de Lídia, que geralmente trajava-se de roupas velhas e quase sempre estava com o pescoço sujo. Seu cabelo era mal cortado e parecia pegajoso, melado. Ninguém em toda a escola queria fazer amizade com ela.
- Jesus deve amar Lídia também, você não acha? - Observou Jaime.
Depois do jantar, naquela mesma noite, Aurinha não conseguia fazer seus deveres escolares. Ficou pensando nos últimos acontecimentos. Era verdade que Deus a havia chamado para ser sua mensageira, e esta lhe fora bem clara.
- SERÁ QUE DEUS ESTA QUERENDO QUE EU COMECE COM LÍDIA?
Áurea jogou seus livros para o lado.
Puxou da gaveta um cofre onde guardava o seu dinheirinho e começou a tirar algumas moedas.
- Para doces? - Mamãe perguntou.
- Sorvete Missionário!
Levando o dinheirinho, Áurea se dirigiu à casa de lídia, que ficava, em uma rua pobre, a casa estava quase desmontando.
Lídia mesma quem atendeu a porta.
- O que você quer? - Áurea ficou meio sem jeito.
- Vim... Isto é... Você quer passear comigo? - Gaguejou ela, querendo ser sua amiga.
- Tenho dinheiro para comprar sorvetes.
As palavras saiam com dificuldades. Estendeu a mão, úmida pelo nervosismo, mostrando o dinheiro.
Lídia fez um ar de indiferença, mas acompanhou Áurea até a sorveteria.
O vendedor era um Italiano sorridente que, ao servi-las, enfiou a concha no fundo da lata de sorvete de morango.
Lídia, ao receber seu sorvete agarrou com força.
- Vamos sentar Lídia! - Sugeriu Áurea, e ambas sentaram á beira da calçada em frente a casa de Lídia.
Havia crianças brincando e gritando no meio da rua, Lídia não lhes prestava a mínima atenção.
Chupou o sorvete, mastigou toda a casquinha, lambeu os dedos e olhando para o sorvete de Áurea.
Áurea logo percebeu que Lídia desejava seu sorvete, então ela estendeu a mão oferecendo-o a Lídia. - Aceita Lídia? Eu estou satisfeita! Disse Áurea.Lídia aceitou de imediato o sorvete e num instante acabou com ele.
- Este deve ser o momento para eu começar a falar de Jesus. - Pensou Áurea.
E foi com o coração aos pulos que ela começou a contar que Deus amava a todos.
- Mentira! - Gritou Lídia.
Áurea a olhou de boca aberta.
- Pode ser que Deus ame os outros! - Disse Lídia aborrecida.
- Mas não a mim! Já sei que ninguém me ama! Disse Lídia.
- Você esta querendo me salvar, como se eu fosse uma pessoa que acredita em deuses como os africanos! Foi por isso que pagou um sorvete pra mim! Mas fique sabendo que eu não sou como os africanos!
Ainda mais furiosa, acrescentou:
- E você não precisa mais enfiar a sua cara sardenta nesta vizinhança, viu?!
- Sua cara Sardenta! Disse Lídia toda nervosa.
Áurea ficou brava ao ouvir as palavras de Lídia! Olhou bem para o rosto sujo de Lídia, sacudiu as tranças para trás, levantou e foi-se embora.
Talvez houvesse lágrimas em seus olhos, pois não podia enxergar bem o caminho e, por isso mesmo, acabou chocando-se com alguém na esquina.
Era dona Helena, a missionária.
Áurea precisava contar a alguém o que aconteceu. Seus lábios tremiam, sua voz estava meio roca. Mesmo assim, contou a Dª Helena como Deus falara ao seu coração.
Disse-lhe ainda sobre o sorvete missionário e sobre Lídia.
Dª Helena apertou a mão de Áurea enquanto caminhavam juntas pela rua.
- Certa vez, na África, disse Dª Helena, alguém pôs uma pedra suja em minha mão. Eu nunca poderia imaginar que aquilo fosse um diamante, que valia muito dinheiro. Só precisava ser limpo e polido.
- Você já imaginou que a Lídia poderia ser um diamante de Deus?
- Lídia um diamante? Áurea riu um pouco, sentiu um pouco mais consolada.
Áurea amava realmente a Jesus e ficou imaginando como seria se pudesse ganhar um "diamante" para Ele!
No dia seguinte, Áurea encontrou Lídia na escola, tão mal vestida e como sempre sozinha. Áurea sorriu ao cumprimentá-la, mas Lídia nem sequer olhou para ela. Foi nesse dia que as crianças da escola começaram a ensaiar o desfile.
Quando o sino tocou, todos saíram das suas salas de aula.
Enquanto a banda se preparava, as crianças começaram a formar fila para marchar, de duas em duas.
- O dia está ótimo para marchar! Cochichou Sarinha, que fazia par com Áurea. Inspecionando a fila, o diretor parou de repente, em frente de Lídia perguntando:
- Quem vai marchar com você Lídia?
Lídia, que estava sozinha, olhando para o chão. Suas mãos estavam tremulas e em uma rápida olhada, Áurea notou que Aninha ainda estava sem par. Era a única, além de Lídia, que ainda estava sem companhia, mas estava ali de cabeça erguida e dirigiu a Lídia, olhares de pouco caso.
- Aninha - Áurea sussurrou, fazendo também um sinal para que ela tomasse seu lugar.
Então Áurea passou adiante e pôs ao lado de Lídia. O sangue subiu ao rosto sujo de Lídia.
Áurea sorriu para ela, pegando-lhe a mão e apertando-a bem.
Já estando em casa, Áurea estava em seu quarto preparando-se para dormir. Então seu tio Eduardo a chamou e disse:
- Alguém está aí fora querendo falar com você!
Áurea desceu correndo a escada aos pulos, correu pela sala e olhou pelo vidro da janela. Não conseguia ver ninguém. Então, uma cabecinha apontou por cima do outro portão, mas logo sumiu.
Áurea saiu correndo, mas quando chegou ao portão, Lídia também já ia correndo rua acima.
- Lídia espere! - Gritou Aurinha.
Lídia parou.
Voltou devagarzinho.
Grossas lágrimas caiam pela face de Lídia.
- O que há? - Perguntou Áurea.
- Não vá embora! Disse Áurea.
Lídia agitava seus pés toda indecisa. Seus dedos retorciam-se na sua saia roxa.
- Por quê você fez aquilo? - Gaguejou Lídia.
Áurea não perguntou o que a menina queria dizer; tinha entendido muito bem e disse:
- Porque gosto de você Lídia! Lídia chutou uma pedrinha e disse:
- Você acha... Acha... Acha... Que Deus me ama de verdade?
Ali mesmo, Áurea contou o quanto DEUS a amava, como Ele deu seu Filho Jesus, para salvá-la.
Explicou como Jesus morreu na cruz do calvário em seu lugar, para tomar castigo que ela merecia, como pecadora.
Depois de explicar tudo isso, Áurea perguntou:
- Você quer abrir seu coração e convidar Jesus para entrar e ser seu Salvador?
- Sim... Foi a resposta de Lídia.
E, foi desta maneira que Áurea, com um sorvete missionário, ganhou um "diamante" para Jesus e tornou-se uma verdadeira missionária.
O que é que Deus esta desejando de você hoje?
Deus quer que você ame aos outras crianças, ricas e pobres, limpas e sujinhas. Talvez você possa oferecer um doce, um sorvete, ou mesmo aqueles sapatinhos que não lhe servem mais em seus pés. Porém, se não puder dar alguma coisa que custe dinheiro, mesmo bem pouquinho, ofereça um sorriso, dê a sua amizade.
Há muitas crianças tristes, sozinhas e necessitadas.
Tente ainda falar de Cristo para elas, pois elas também são "diamantes", jóias preciosas, por quem o Senhor Jesus morreu.
E você será, como Aurinha, um missionário (a) de verdade!
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